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ORAÇÃO À SAGRADA FACE Ó meu Jesus, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que a vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-a para nosso coração, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém. ORAÇÃO DA AMIZADE Senhor, quão poucos são os verdadeiros amigos, porque imperfeitos, limitados! Muitas vezes decepciono-me, esquecido de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição, uma santidade e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque humanos. Fazei-me, obstante as dificuldades, bondoso e verdadeiramente amigo para com todos, sem nada esperar, nem mesmo um só agradecimento. Sois, Senhor, o melhor e mais perfeito amigo entre todos os meus amigos. Vós que me amais com um amor perfeito, ensinai-me a amar com o Vosso coração, a olhar com Vossos olhos e a viver sempre como testemunha digna da profunda amizade e amor que sempre tivestes e tendes para comigo. Amém. Envie sugestões e duvidas para



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Matrimônio e Afetividade
Matrimônio e Afetividade

Aprendendo a escutar

Por: Rosario Alfaro Martínez

Outro fator importante para a comunicação é saber escutar. Para manter uma boa comunicação, devemos levar em conta que o mais importante não é o que dizemos, mas o que os outros escutam. Um bom ouvinte é aquele que dá ao outro a liberdade de ser como realmente é. É fundamental ser quem sou e permitir que o outro também seja, enquanto o estou escutando; isto é básico para ter uma boa comunicação. Também é essencial que, quando escutarmos uma pessoa, realmente estejamos presentes e disponíveis e que não tentemos adivinhar o que está sentindo, já que isto nos leva a colocar etiquetas que bloqueiam o processo de comunicação.

A comunicação é uma conexão entre pessoas. Existem muitos tipos de comunicação pessoal, o mais importante é aquele no qual somente peço que me entendam. Preciso que me escutem para que possam entrar em minha mente e saber, na verdade, quem sou eu. Em muitas ocasiões não nos entendem ou não entendemos porque temos alguns termos que devemos esclarecer no processo da comunicação.

Nunca devemos esperar que a comunicação seja perfeita, isto seria humanamente impossível. Algumas barreiras da comunicação são: aconselhar, competir, fazer cálculos, distrair, sonhar, filtrar, demonstrar mágoa, identificar, ignorar, etiquetar, aplicar, ensaiar respostas e o sarcasmo.

Em certas ocasiões, as palavras não podem transmitir o que realmente queremos comunicar e, para isso, precisamos do contato físico significativo, ou seja, tocar a outra pessoa, esta atitude acolhedora pode dizer mais que mil palavras. A experiência de ser tocados aumenta nossa auto-estima e nos torna pessoas melhores, trata-se de uma contribuição essencial para a segurança.

Devemos levar em conta que a comunicação implica nos estender para fora de nossas “zonas de segurança”, que podem ser aquelas idéias, situações ou formas de atuar nas quais sentimos que tudo vai bem. Quando eu escutar meu cônjuge, possivelmente não será tudo fácil, sucederão coisas que provocarão minha vulnerabilidade, isto é, que me deixarão fora de minhas zonas seguras. Devo lembrar que todo processo no desenvolvimento humano sempre implica determinada expansão que não é fácil e somente se consegue sofrendo.

Seja que escutemos ou que falemos, o motivo para fazê-lo deve ser por amor. O amor conjugal faz que, no casamento, queiramos nos comunicar de uma maneira especial.

A solidão no relacionamento de um casal de profissionais

Por: Ana Rosa Abraham Funes (psicóloga)

Em muitas ocasiões, escutamos a reclamação dolorosa de homens e mulheres, como resultado da insatisfação de suas expectativas conjugais. Este descontentamento produz falta de motivação, desilusão, vazio existencial e, até mesmo, solidão e abandono. Realmente resulta paradoxal, mas em um grande número de casamentos, as pessoas continuam juntas apesar de que, há muito tempo, deixaram de compartilhar suas vidas.

As mulheres casadas chegaram a fazer sucesso, tanto no lar como na profissão, no entanto, para muitas delas continuam de pé vários questionamentos: Para que serve o meu sucesso se eu me sinto tão distante do meu marido? O que está acontecendo com o meu casamento, se cada vez mais compartilhamos menos tempo juntos? Por que, cada vez mais, tenho sucesso na carreira, porém me sinto mais sozinha no âmbito amoroso? Por outro lado, o homem também passa por momentos de muita confusão, devido a diferentes argumentos culturais enraizados em padrões sociais que o impedem de compreender que a mulher não é somente um ser “de idéias curtas e cabelos compridos” (Schopenhauer, cit. en: Mordock, 1993).

Portanto, isto pode gerar mágoas e um distanciamento conjugal; não cabe dúvida que os homens também desejam ser entendidos e compreendidos em sua natureza, mas como permitir que eles se sintam reconfortados em uma época na qual tudo parece girar em torno à compreensão que se deve ter com as mulheres? Acreditem em mim: às vezes, eles também se sentem abandonados e pouco reconhecidos por nós, mulheres.

Então, ao observar o desgaste emocional em que vivem muitos casais, a notável falta de aproximação e de interesses comuns, refletimos sobre a crise de valores, sobre o desequilíbrio de expectativas e a redefinição do conceito de casamento, à luz do novo século. A mudança social é iminente e o casal de hoje deve adaptar-se a esta mudança para que o núcleo familiar não sucumba diante de tais adversidades. É preciso incorporar as mudanças sociais e conservar as tradições valiosas e produtivas, para que o casal contemporâneo consiga superar os períodos de crise que se apresentem ao longo de sua vida matrimonial. Entre estes fatores, encontra-se a entrada da mulher ao mundo profissional, um mundo que – por muito tempo – era exclusivo do homem e, portanto, é preciso se questionar sobre o seguinte: Seria o desenvolvimento profissional de cada cônjuge uma condição para experimentar a solidão, ou seria a falta de intimidade emocional, as exigências e a luta pelo poder que, unidas a uma incapacidade do casal para combinar sua vida amorosa e profissional, favorecem que a solidão e o abandono estejam presentes em uma história de amor?

A compreensão de três palavras-chave nos permitirá chegar à resposta que procuramos: intimidade, crise, solidão. A intimidade é a necessidade de estabelecer vínculos significativos e de valor emocional, como indivíduos precisamos compartilhar realizações, sucessos e fracassos. A vida não teria sentido se não tivéssemos a oportunidade de compartilhar com outros nossos afetos; a intimidade amorosa é um desejo autenticamente humano, através do qual tratamos de consolidar uma relação conjugal, na qual nos sintamos atraídos sexual e emocionalmente por outro, mas – sobretudo – na qual experimentamos a oportunidade única de crescer e nos transformar, junto com este outro (que nos faz vibrar o coração e o espírito completo), cada vez um melhor ser humano.

O problema é que esquecemos que um homem e uma mulher também têm de enfrentar o desafio de crescer juntos nos famosos tempos de crise. Sim, as discussões – embora pesadas – também encerram a oportunidade importantíssima de autoconhecimento e de uma melhoria pessoal e conjugal! O problema é que os casais de hoje associam as discussões à falta de felicidade conjugal e até mesmo chegam a pensar que não deveriam ter se casado nunca. Aqui é onde a solidão aparece como protagonista na cena conjugal porque, quanto mais discussão sem resolver, menos comunicação, mais ressentimento e mais afastamento. Parece então que a única saída é aferrar-se aos sucessos externos, entre eles a carreira profissional e as ocupações externas que resultam ser fontes de prazer imediato.

A experiência solitária na relação conjugal associa-se a certas características específicas como: pessimismo, tristeza e abandono. Em casos severos, pode se associar também com sintomas de quadros depressivos, isolamento e baixa auto-estima. É importante sublinhar que a solidão não somente se sente depois do fim de uma relação, como também vir quando as expectativas forjadas ao longo da vida conjugal não são satisfeitas e, então, esta solidão se manifesta como um “déficit na qualidade da relação conjugal”, como resultado de uma falta de aproximação e contato, que prejudicam terrivelmente o vínculo amoroso.

Agora, se bem é certo que o conflito é parte natural de uma relação a dois, por que existem alguns que vivem períodos de solidão e outros que experimentam uma solidão tão grande, descarnada e esmagadora que faz experimentar uns níveis de dor existencial insuportáveis? O problema é que também existem relações conjugais que não foram bem consolidadas desde o princípio, isto é, a idealização e o romance extremo sempre foram o único importante... “O sonho do conto de fadas dura até que a realidade da vida em comum aparece” e estes casais não pensaram nisto, portanto, a luta de poder e manter as expectativas à custa deles mesmos, acaba com sua história de amor. O verdadeiro amor não é aquele que nos faz sofrer por sofrer, este amor deve ser traduzido em: sentir, pensar, amadurecer e, lógico, também enamorar-se e viver intensamente a vida, mas sem perder nossa capacidade de ser livres.

Não esqueçamos que os relacionamentos amorosos e verdadeiramente íntimos devem proporcionar segurança, que será traduzida na vida adulta em confiança, liberdade e crescimento. Crescimento que permitirá ao casal viver, por sua vez, com independência, respeito e capacidade de decisão. Trocando em miúdos, nós como adultos decidimos como queremos viver nossa relação a dois: como Romeu e Julieta (que não tiveram um final feliz), ou com os pés na realidade, aprendendo a harmonizar o romance, a paixão e o sentimento, com a inteligência, a capacidade de compartilhar e ceder quando sabemos que estamos exigindo demais do parceiro/a.

Procurar saídas externas (excesso de trabalho, dedicar-se demais aos filhos, etc.), diante de um conflito conjugal, jamais será uma alternativa para viver em equilíbrio. Com muita humildade e sensibilidade é como um casal sobrevive nestes tempos que correm e, sobretudo, com valentia, isto é, com a claridade que a valentia nos dá para saber se nossa história de amor poderá se transformar em oportunidade de amar realmente ou se será uma história de correntes, dependência e um refúgio para não viver solitário.

Gostaria de terminar esta reflexão com a estrofe de um poema de Mario Benedetti, que realmente plasma o que significa viver uma relação a dois, total e íntima:
“Si te quiero es porque sos mi amor,
mi cómplice y todo,
y en la calle codo a codo,
somos mucho más que dos”.
(“Se te quero é porque es meu amor,
Meu cúmplice e meu tudo,
E na rua, lado a lado,
Somos muito mais que dois”).

A comunicação entre o casal

Por: Susana S. Polanco

Para existir uma verdadeira relação de amor conjugal é imprescindível ter uma boa comunicação, caracterizada pela reciprocidade, por uma atitude empática, compreensiva e de sensibilidade com o outro, ou seja, de uma abertura que fomente o DIÁLOGO e não os monólogos.

Os avanços tecnológicos tornaram possível uma comunicação eficiente através dos meios de comunicação em massa, no entanto, na comunicação pessoal, os seres humanos retrocederam, ainda não perceberam a importância de estabelecer uma comunicação real e clara entre os indivíduos.

O ser humano é um ser social por natureza, portanto, requer e precisa estabelecer relações duradouras e sadias com os demais indivíduos, sobretudo no matrimônio e na família, pois esta instituição é a célula básica da sociedade. Daí a importância de estabelecer uma comunicação adequada, já que muitos problemas conjugais são causados pela má comunicação.

Para conseguir uma comunicação real com os demais, devemos ter uma atitude empática, compreensiva, simpática, de igualdade, ou seja, de sensibilidade com o outro, respeitando a liberdade de cada um.

A palavra comunicação significa compartilhar, avisar, participar, isto é, aprender a expressar nossos pensamentos e emoções através da palavra ou da ação com outro ser humano.

As dificuldades sempre existiram entre os indivíduos porque o homem sempre teve uma grande dificuldade para se comunicar com seus semelhantes, mas o sucesso da comunicação dependerá da eficácia e do empenho que cada pessoa empregar para atingir este alvo.

Em um casal sempre deve existir o DIÁLOGO e não monólogos, para que possa haver a abertura de ambos e que sejam capazes de expressar o que gostam ou não, mas, sobretudo, deverá existir a compreensão mútua.


A comunicação deve ser recíproca, isto é, você deve dar e receber o mesmo de seu cônjuge. É preciso ressaltar que isto somente pode acontecer quando existir um verdadeiro amor conjugal, porque o amor é o elemento principal para estabelecer relacionamentos sadios e duradouros.


A ruptura amorosa por “falta de comunicação”

Por: América Rodríguez de Allende (psicóloga)

É muito freqüente em psicoterapia para casais escutar repetidamente que o distanciamento, ou até mesmo a separação definitiva, seja o resultado de uma “falta de comunicação”.

Na seqüência, descrevo brevemente como pode ser viável atingir uma comunicação mais efetiva.

Comunicar-se parece fácil e todos achamos que somos uns especialistas nisso. Ao fim e ao cabo, não deixamos de falar desde que éramos crianças e – normalmente – a comunicação surge de forma natural e espontânea. Basta você abrir a boca e as palavras fluem sozinhas. Quando se sente feliz, e realmente está ligado a alguém, resulta fácil comunicar-se bem. Você está à vontade, a outra pessoa está à vontade e tudo parece cor de rosa. É durante uma disputa importante ou durante um conflito com outra pessoa que descobre se, realmente, se comunica bem. Como reage diante das críticas? O que responde quando a outra pessoa se mostra pouco acessível e se resiste a escutar seu ponto de vista? Até que ponto você se comunica bem quando se sente vulnerável ou magoado?

Existem muito poucas pessoas que saibam se comunicar eficazmente nestas situações. Mas estas são, justamente, as situações nas quais uma boa comunicação resulta de vital importância. A chave que nos abre as portas a uma relação amorosa, à amizade, ao sucesso nos negócios, é a capacidade de manejar bem o conflito. As pessoas mostram muitas dificuldades neste nível. Os maridos não se comunicam bem com suas esposas. Os amigos se comunicam mal entre eles. Os diversos membros da família lidam muitas vezes muito mal com os conflitos e as desavenças.

Você desejaria aprender a se comunicar melhor? Em primeiro lugar, vejamos se podemos definir o que significa boa e má comunicação. A boa comunicação tem duas características: você expressa seus sentimentos de forma aberta e direta, e anima a outra pessoa a fazer o mesmo. Você explica como pensa e como se sente e tenta escutar e compreender o que a outra pessoa pensa e sente. De acordo com esta definição, as idéias e os sentimentos de ambas as pessoas são importantes.

Do mesmo modo que a boa comunicação implica tanto falar como escutar, a má comunicação implica a negação a compartilhar seus sentimentos abertamente ou a escutar o que a outra pessoa tem para nos dizer.

Adotar uma postura de discutir e ficar na defesa é um sinal de má comunicação. Um contradiz o outro sem tentar compreender seus sentimentos, projeta mensagens sutis que dizem: “Só me interessa divulgar meus próprios sentimentos e insistir em que você esteja de acordo comigo”.

Outro sinal de uma má comunicação é negar seus próprios sentimentos e mostrá-los de forma indireta, comportando-se de forma despectiva ou adotando um tom sarcástico. Isto é denominado “agressividade passiva”. A agressividade ativa é, igualmente, sinal de má comunicação, quando desafia a outra pessoa, a ameaça ou dá um ultimato.

A lista de “características de uma má comunicação” que, na seqüência, será descrita, esclarecerá o que você deve evitar para não entrar em conflito com alguém. É possível que reconheça diversos maus hábitos que podem criar alguns problemas. A mudança destas atitudes pode melhorar consideravelmente o modo de se relacionar com as outras pessoas e evitar consideráveis desgostos.

Características de uma má comunicação:

• RAZÃO: você insiste que tem razão e a outra pessoa está errada.

• CULPA: você afirma que a outra pessoa é a culpada de que tenha acontecido determinado problema. Não admite ter errado em alguma coisa, nem reconhece algum defeito.

• CONTRA-ATAQUE: em vez de reconhecer como a outra pessoa se sente, você responde à crítica dela, criticando-a.

• DESVIO: ao invés de se ocupar da situação que ambos estão vivendo no momento presente, você enumera toda uma lista de motivos de queixa sobre injustiças do passado.

Algumas mudanças de atitude:

• AFIRMAÇÕES DO TIPO “ME SINTO”: você expressa seus sentimentos com afirmações tipo “me sinto” (como, por exemplo, “me sinto preocupado”), mais do que com afirmações como “você” (por exemplo, “você está errado” ou “você está me deixando furioso”).

• TÉCNICA DO ELOGIO: você encontra algo realmente positivo para dizer à outra pessoa, até mesmo quando a discussão está no apogeu. Isto indica que respeita a outra pessoa apesar de ter divergências com ela.

Como podem perceber, é possível evitar muitos problemas entre duas pessoas, eliminando velhos vícios de comunicação. Lembrem-se de falar sempre na primeira pessoa, falar de seus sentimentos e de não jogar a culpa no outro.


Como viver em plenitude o seu casamento

Por: Liseane C. Almada Selleti

Qual pessoa casada não se deparou com problemas de relacionamento no seu casamento?
Você sabia que quando casou ou decidiu unir-se ao seu companheiro ou a sua companheira levava consigo uma “mala” invisível dos condicionamentos e ele(a) dos seus igualmente?

O que são condicionamentos?

São as experiências vividas na gestação e na infância, as conclusões negativas e os fatos negativos que a criança no útero materno ou fora dele vivenciou no relacionamento de seus pais, ficando registrado no seu inconsciente.

A criança faz conclusões sobre os homens e as mulheres, e leva como modelo para sua vida de relacionamentos a forma como seus pais viveram, a forma como se tratavam, se amavam ou brigavam, seja ela positiva ou negativa.

então, em muitas queixas de problemas nos relacionamentos conjugais não aparece o desamor mas as influencias do que cada um carrega dos seus pais, ou seja, ele transfere para ela suas dificuldades e mágoas que carrega no inconsciente em relação a sua Mãe e ela as dificuldades com seu pai. Se a esposa viveu situações dolorosas com seu pai, vai transferir tal mágoa para seu esposo e vice-versa. Por isto 90% das brigas não são por falta de amor, mas por problemas psicológicos que cada um carrega na sua “mala” de registros negativos e condicionamentos que vieram de sua infância ou gestação.

Daí porque a separação não resolve o problema de ninguém e sim cria outro, pois as pessoas se separam e continuam se amando. Elas não brigavam, discutiam porque não se amavam, mas porque possuem problemas e não falta o amor dentro de cada uma.

Você sofre quando seu esposo, ou esposa: se fecha, se emburra, chega tarde, bebe, trai, sai com amigos, reclama da roupa, da comida, da sujeira, não lhe escuta, não conversa, é agressivo (a), se nega sexualmente ou nega um gesto de amor? Se você sofre é porque você ama!!! E tenha certeza de uma coisa: seu companheiro ou companheira age dessa forma porque tem um problema dentro de si, no seu inconsciente, ou você está tendo uma atitude de desamor inconsciente que está acionando no outro uma reação negativa e que lhe machuca, e reage assim porque também lhe ama.

Vou exemplificar o que estou dizendo:

Em terapia apareceu uma cena assim:

Paciente no 3à‚ú mês de gestação vê seu pai saindo sério do quarto, não se despede, a Mãe grívida pensa: ele não nos ama. O bebê no útero materno entende assim: meu pai não se importa comigo, ele é insensível, não ama, os homens são incessíveis, vou fazer com meu pai o que ele faz para mim e minha Mãe. Perguntei como esse registro se manifesta na sua vida? (vê-se que aqui a criança fez um registro negativo do pai e condicionou-se a ver que os homens são como o pai dela) ela se viu tratando seu marido com indiferença, não se despedindo, e ignorando-o de seus compromissos. Ela viu também as reações que este seu comportamento causavam em seu marido, neste caso ele se calava, e pensava: ela não me ama, não tenho valor para ela, e ela por sua vez lhe cobrava atenção. Veja que esta mulher transferia para seu marido a mágoa que guardara em seu inconsciente em relação ao seu pai, e tratava o marido como se estivesse tratando seu pai, uma espécie de vingança ao pai.

Fui terapizar este problema do pai e perguntei ao seu inconsciente: seu pai sempre age assim ou esse dia saiu dessa forma? Sempre. então perguntei ao inconsciente: Qual o nà‚ú. dele que explica essa atitude de sair dessa forma? (nà‚ú. quer dizer idade) A resposta foi 08, ou seja, seu pai no 8à‚ú mês de gestação, sua Mãe grívida bebendo álcool, seu marido disse: pare de beber que vai prejudicar o bebê. Ela respondeu: não tem problema! E o bebê lí dentro se encolheu e entendeu: minha Mãe não se preocupa comigo, não sou ninguém para ela. Vou tratí-la como ela me trata como uma pessoa sem importância para mim. Perguntei ao inconsciente da minha paciente qual a ligação desta cena do pai dela na barriga de sua Mãe com a atitude dele de sair sem dar tchau, sem se despedir todos os dias? Respondeu: o problema dele é com a Mãe dele, ele trata sua esposa assim como se estivesse tratando sua Mãe.

então pergunto: com quem é o problema do seu pai ao sair sem se despedir? Com sua Mãe ou com a avó? Com a avó. E então, falta amor em seu pai pela sua Mãe ou é problema psicológico que ele tem? Problema psicológico.

Veja que assim são os mais de 95% dos problemas de relacionamentos que aparecem entre os casais, e muitas vezes começam a brigar, a cobrar o amor e não a dar o amor, daí resultam mágoas que vão sufocando o amor, mas este não desaparece, fica escondido e as pessoas passam a ter bloqueios para expressí-lo, e confundem-se devido àsmágoas que o amor acabou.

Por isto que muitas pessoas se separam não porque o amor acaba, mas porque têm problemas de ordem psicológica e não do nível do amor, e quando vão viver com outro companheiro(a), os problemas continuam, e trocam, trocam de parceiro(a) e os problemas se repetem, e em muitas pessoas o amor pelo primeiro(a) continua, mesmo que escondido.

Convido-o a refletir se suas dificuldades no seu casamento são dessa ordem, e não da ordem da falta do amor. não queira solucionar sua dificuldade pensando na separação, pense em solucionar a causa de tal dificuldade e não no fim da sua união. Você não vai solucionar nada e sim vai adquirir mais uma dor.

Garanto-lhe que por mais difícil que esteja o relacionamento no casamento tem solução!

Agora, o primeiro passo é quebrar o orgulho e refletir se você não está repetindo com eu marido ou sua esposa as atitudes de seu pai para com sua Mãe e sua Mãe para com seu pai, avalie o exemplo que você recebeu!!! Seu inconsciente pode estar fazendo isto.

Meu fraterno abraço, no desejo de ajudá-lo para que sua família seja cada vez mais unida, seus filhos mais saudíveis e vocês dois mais plenos!


O diálogo conjugal

Por: Padre Nicolás Schwizer

Para começar, temos que distinguir entre conversar e dialogar. Todo matrimônio conversa, intercambia palavras. Mas isso não é ainda diálogo, porque não é intercâmbio do interior de cada um, se não que é um conversar sobre temas exteriores.

Dialogar significa dar-se um ao outro desde o mais íntimo que se tem. É entrar em comunhão, é abrir o coração ao outro e mostrar-lhe quem sou por dentro, minhas angústias, minhas esperanças. Dialogar é intercâmbio de corações, é fusão de corações.

Não tenho dúvida que a falta ou a debilitação do diálogo conjugal é o maior problema que os matrimônios modernos enfrentam e é um câncer do matrimônio, porque o destrói por dentro.

Os problemas de saúde, os problemas habitacionais, os problemas econômicos, todos podem ser muito angustiantes, mas são externos. Ameaçam o amor, certamente, mas desde o exterior. Ao contrário, a falta de diálogo fere a raiz do amor, a essência do amor.

Porque o amor é comunhão, é doação e se verifica através do diálogo. E então o debilitamento do diálogo traz necessariamente consigo o debilitamento da ternura, da delicadeza, da compreensão, do respeito, de todas as coisas que implica o amor. É, no fundo, deixar de valorizar o cônjuge como pessoa, como destinatário principal do meu amor e começar a considerar-lo como “sócio”, como “co-gerente” da empresa familiar, etc. Mas o amor de sócios não basta para encher o coração de alguém que se decidiu pelo matrimônio.

Quais são as causas desta falta de diálogo?

1. Não temos tempo. Conspira contra um diálogo verdadeiro, o ritmo de vida que temos hoje em dia. Andamos tão apressados que não temos tempo. Porque não se pode abrir o coração em um minuto e meio. Para contar essas coisas profundas que se tem: preocupações, dores, desejos da alma, necessita-se tempo, preparar todo um ambiente, e as coisas saem aos poucos. Necessita-se tempo, mas não existe tempo.

E o pouco tempo que resta, muito provavelmente o devora esse aparelho, devorador de tempo e de diálogo, que é a televisão.

2. Perdeu-se o sentido do diálogo. Vivemos num mundo impessoal, num mundo que gira em torno às coisas, a famosa sociedade de consumo. Em realidade, todos falamos, sabemos falar melhor que nunca antes, mas falamos sempre de coisas. É uma conversação funcional, um diálogo utilitário, ou seja, falamos o necessário para que as coisas sigam funcionando, para que a maquinaria do lar siga marchando. E para que siga funcionando há que passar roupa, cozinhar, pagar as contas, ir ao colégio das crianças, comprar-lhes sapatos -y de todas essas coisas se conversa. Mas pouco ou nada se dialoga das cosas pessoais, íntimas.

E então realmente nos assombramos como Deus faz milagres. Porque existe uma série de matrimônios que estão juntos por milagre. Porque segundo todas as leis da psicologia deveriam estar separados, já que não dialogam há anos. O ser humano tem necessidade do intercâmbio interior e se não o consegue em sua casa, talvez o encontre fora do lar, por exemplo, com a secretária ou com o vizinho. E assim pode começar a destruição do matrimônio.

Entretanto, em muitos matrimônios isso não acontece, apesar de não dialogarem por anos. E então isso se explica só por um milagre de Deus que cuida que nenhum deles se encontre com ninguém que lhe ofereça um pouco mais que o cônjuge. Mas por parte dos matrimônios, não dialogar durante tanto tempo é estar brincando com fogo, é passear a beira do precipício. É arriscar o amor, é romper o amor, é faltar á promessa de fazer feliz ao outro.

Uma comunidade de amor, uma comunidade de Aliança não pode existir, não pode crescer sem diálogo. O mesmo se dá com respeito a nossa Aliança com a Mãe de Deus. O mesmo com relação aos filhos.

Perguntas para a reflexão

1. Como está nosso diálogo?
2. Não temos tempo ou não nos fazemos de tempo?
3. Falamos de nós, de coisas, ou dos demais?