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ORAÇÃO À SAGRADA FACE Ó meu Jesus, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que a vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-a para nosso coração, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém. ORAÇÃO DA AMIZADE Senhor, quão poucos são os verdadeiros amigos, porque imperfeitos, limitados! Muitas vezes decepciono-me, esquecido de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição, uma santidade e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque humanos. Fazei-me, obstante as dificuldades, bondoso e verdadeiramente amigo para com todos, sem nada esperar, nem mesmo um só agradecimento. Sois, Senhor, o melhor e mais perfeito amigo entre todos os meus amigos. Vós que me amais com um amor perfeito, ensinai-me a amar com o Vosso coração, a olhar com Vossos olhos e a viver sempre como testemunha digna da profunda amizade e amor que sempre tivestes e tendes para comigo. Amém. Envie sugestões e duvidas para



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COMO É A AÇÃO DOS ANJOS MAUS
COMO É A AÇÃO DOS ANJOS MAUS

Como é a ação dos anjos maus?
Deus permite que o demônio tente o homem, isto é, sugira-lhe más ações, para que por meio destas tentações, o homem se torne ainda mais puro e fortalecido na virtude.
Sabemos que é pela luta, pela experiência, que cresce em nós a fortaleza e também a santidade. Então, Deus sabe usar até mesmo das más ações do demônio em nosso benefício. Enfrentando as tentações com a graça de Deus, podemos nos tornar melhores. Certa vez, o Papa Paulo VI disse essas palavras: “É claro que o pecado é um produto da liberdade do homem. Porém, no profundo dessa realidade humana, existem fatores em ação, que a colocam para além do meramente humano, na área limite onde a consciência do homem, a sua vontade e a sua sensibilidade estão em contato com as forças das trevas. Elas, de acordo com São Paulo, estão ativas no mundo quase a ponto de dominá-lo (Rm 7,7-25; Ef 2,2; 6,12)” (Papa João Paulo II, Exortação Apostólica à Reconciliação e à Penitência, julho 1993). Deus, na sua sabedoria, permitiu que Adão e Eva fossem tentados no Paraíso (Gen 3, 1-5); mas por causa desta queda terrível, que Santo Agostinho chama de “felix culpa”, tivemos a honra de receber um tão grande Salvador; o próprio Deus se encarnou para nos resgatar; fez-se nosso Irmão, tornou-nos filhos de Deus. Deus permitiu que Satanás tentasse a São Pedro (que acabou negando Jesus por três vezes) (Lc 22, 31); e Jesus chegou a dizer a Pedro que “orou por ele”. Mas certamente esta tentação e esta queda tão dura de Pedro, fizeram-no mais humilde e mais preparado para ocupar o lugar de primeiro Papa. Não nos esqueçamos que Pedro era um tanto arrogante: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31) Mas a resposta de Pedro, diante da situação perigosa daquela tentação que o Senhor lhe avisava, mantém-se presunçoso: “Pedro disse-lhe: Senhor, estou pronto para ir contigo tanto para a prisão como para a morte”. Jesus respondeu-lhe: “Digo-te Pedro, não cantará hoje o galo, até que três vezes haja negado que me conheces”. (Lc 22, 34) Vejo aí, nitidamente, que Pedro precisava de uma lição de humilhação para se tornar humilde, e preparado para ser o primeiro Vigário de Cristo na terra. Me parece que o Senhor permitiu que Satanás o tentasse até o ponto de faze-lo negar Jesus por três vezes. Mas, certamente Pedro se tornou muito humilde depois de derramar aquelas copiosas lágrimas de arrependimento, por não ter ouvido a Jesus que lhe avisava da tentação iminente. Deus sabe tirar o bem de todas as circunstâncias; Santo Agostinho nos garante que se Ele não fosse capaz de tirar um bem, mesmo do mal, Ele não permitiria que o mal existisse. Embora o Batismo elimine o pecado original, as suas seqüelas continuam em nós: os sofrimentos, a doença, a morte, a propensão ao pecado (concupiscência - “fomes peccati”). O Concílio de Trento, o mais longo da história da Igreja (1545-1563), ensina-nos que: “Deixada para os nossos combates, a concupiscência não é capaz de prejudicar aqueles que, não consentindo nela, resistem com coragem pela graça de Cristo.” Mais ainda: “aquele que tiver combatido segundo as regras será coroado (2Tm 2,5)” (CIC § 405,1264). Santo Agostinho entendia que a permanência, da concupiscência em nós, mesmo após o Batismo, é uma oportunidade que temos de provar a Deus o nosso amor, lutando contra o pecado, por amor ao Senhor. Ele dizia que aquele que deixa o pecado por medo do castigo, e não por amor a Deus, acaba voltando a ele. É sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor filial. São Paulo nos lembra também que Deus não nos abandona na hora da tentação: “Deus é fiel; não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças, mas, com a tentação, ele vos dará os meios de sair dela e a força para suportar”. (1 Cor 10,13) E também é preciso dizer que nem toda tentação vem do demônio - talvez ele aproveite também delas - mas podem vir da nossa própria concupiscência, como ensina São Tiago: “Ninguém quando for tentado diga: “é Deus que me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1, 13-15) Mesmo das más ações de Satanás, Deus é capaz de tirar coisas proveitosas para a nossa vida. É claro que isto não quer dizer que não devemos nos precaver contra a sua maldade. Jesus nos ensinou a rezar no Pai-nosso: “Livrai-nos do Mal”. Esse Mal, com M maiúsculo, disse o Papa Paulo VI, é o demônio, é um ser vivo, terrível e maldoso, dos quais nos precisamos defender com os auxílios da graça de Deus. (cf. Alocução “Livrai-nos do Mal, 1972) É fundamental, portanto, suplicar a proteção de Deus contra as insídias, as tentações e as maldades do demônio; mas não podemos achar que ele possa superar a ação ou o poder de Deus. Eu gosto muito daquela oração que a Liturgia faz o sacerdote rezar depois da oração do Pai-nosso, na Missa: “Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a Vossa paz; ajudados pela vossa misericórdia estejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador. “ Também é de se recomendar a repetição fervorosa da mais antiga oração que a Igreja conhece, dirigida a Nossa Senhora, para pedir-lhe a proteção. Esta oração foi encontrada num fragmento de um pergaminho, no Egito, no começo deste século, e contém uma oração que os fiéis já faziam a Nossa Senhora, por volta do ano 230, isto é, em plena perseguição romana, no norte da África: “Debaixo da Vossa proteção nos refugiamos ó santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Virgem gloriosa e bendita.” Assim, os nossos primeiros irmãos mártires já se recomendavam aos cuidados maternos de Nossa Senhora. Portanto, não devemos ter medo do demônio; o medo é prejudicial em qualquer caso. É necessário estar em Deus e com Deus, e não temê-lo. Santa Teresinha dizia que sabia que o demônio era mais forte do que ela, então ela lhe virava as costas e se abrigava nos braços de Deus, contra quem ele nada pode. É muito mais seguro assim. “Se Deus está conosco, quem será contra nós?... Quem nos separará do amor de Cristo? “(Rom 8, 31.35).

Prof. Felipe Aquino