DIRETRIZES DO MINISTERIO FÉ E POLÍTICA
DIRETRIZES DO MINISTERIO FÉ E POLÍTICA
As Diretrizes de formação do Ministério de Fé e Política (MFP)
Conheça mais sobre o Ministério de Fé e Política (MFP).
1) O que é o MFP:
Mediante a experiência com o divino nasce na pessoa a sua concepção do ser cristão. A partir do momento em que ela
começa a se preocupar com o meio social, flui nela a consciência de cidadania, ficando inicialmente inquieta com as
injustiças à sua volta, gerando, desta forma, a vontade de participar como agente transformador do processo democrático
para contribuir na busca de uma sociedade mais justa e solidária.
Portanto, cabe ao MFP, na RCC, informar, motivar e estimular o aparecimento de “mobilizadores” que
sejam agentes desta transformação social.
Numa seqüência quase natural, surgirão os vocacionados a participar do pleito eleitoral como candidatos a um cargo
eletivo. E neste particular, o MFP estimula que se oportunizem programas de formação e estudos da Doutrina Social da
Igreja (D.S.I.) para assessorar estes vocacionados para a vida pública.
2) As diretrizes de formação do MFP ressaltam o compromisso:
• com a autenticidade da prática da fé, com os valores éticos e evangélicos (a vida, a solidariedade, a justiça, a
fraternidade, a coerência e a retidão);
• com a construção de uma sociedade democrática, culturalmente plural, economicamente justa, ecologicamente
sustentável, socialmente solidária e eclesialmente de comunhão e participação;
• com o favorecimento de um espaço e mentalidade que dê condições de se relacionar com o diferente, fazendo a
experiência da convivência, do diálogo e da tolerância para um relacionamento aberto ao pluralismo; e
• com a ousadia de buscar saídas simples e coerentes para os problemas mais prementes do povo, principalmente
os mais empobrecidos, apostando em caminhos novos e compromisso de proporcionar um acompanhamento
sistemático e integral às pessoas que assumem conscientemente sua fé, atuando nas várias instâncias da realidade.
3) Objetivo geral do MFP:
A partir destes compromissos o MFP tem o objetivo de evangelizar, formar e exortar a RCC a participar, com coragem e
discernimento, da atividade política “para gravar a lei divina na cidade terrestre” (DEUS CARITAS EST).
4) Linhas de ação do MFP:
Para efetivação deste objetivo é necessário traçar algumas linhas de ação:
• formar a consciência cívica, ética e política dos cidadãos carismáticos;
• evangelizar o meio público, a administração pública nas esferas municipal, estadual e federal;
• levar a proposta de santidade para os cidadãos, para o meio público e para os políticos;
• acompanhar o processo eleitoral e as atividades dos mandatários de cargos políticos, principalmente da RCC,
pelo método VER-JULGAR-AGIR e REVER;
• criar conselhos da RCC “in loco” para assessorar e acompanhar as atividades dos mandatários de
cargos públicos (poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) incentivando a participação popular; e
• elaborar seminários para cada instância (política cidadã, política técnica e política partidária).
(extraído do livro FÉ E POLÍTICA: NOÇÕES GERAIS E PROPOSTAS PARA A ESTRUTURAÇÃO DO MFP NAS DIOCESES
DO BRASIL – Nascimento, M. et al – 2007)
Leia mais: Mensagem do Ministério de Fé e Política
Renovação Carismática Católica do Estado de São Paulo - RCC SP - Brasil
https://www.rccsp.org.br Fornecido por Joomla! Produzido em: 11 June, 2008, 00:34
OBJETIVOS
Creio que o ponto chave deste ministério é a palavra de João Paulo II em discurso para a Renovação Carismática Católica dizendo: ‘...a cultura de pentecostes é a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos” assim a partir do batismo do Espírito Santo, do amor a este Espírito, não só o Brasil mas as relações internacionais poderão se tornar a tão sonhada civilização do amor, que Paulo VI proclamava desde o concilio Vaticano II e que as conferencias latino americanas reforçavam procurando dar a vazão ao sonho solidário.
As moções do Espírito para a RCC não excluem este ministério, muitas vezes a política é tratada como uma ciência humana sem unidade com o espiritual, o que seria um grande equivoco para nós, seria como reconhecer que o homem não tem uma dimensão espiritual, mas somente física e psíquica. Somos corpo, alma e espírito e estas realidades são inseparáveis, não é possível vida em abundancia sem que o homem seja considerado na sua totalidade.
Por isto quando o Conselho Nacional proclamava a necessidade de reavivar a chama do Espírito, isto também dizia respeito a necessidade de um reavivamento nos meios econômicos e políticos, a palavra de João Paulo II dá como resposta ao mundo ávido de esperança, o conhecimento e o amor ao Espírito Santo, quando Deus nos falava em profecia sobre “levantar-se de joelhos”, exigindo de nós atitude e oração, trazia como podemos observar no plano de ação de 2004, o apelo ao BRASIL, Brasil levanta-te de joelhos, e com certeza esta exortação não dizia respeito apenas a dimensão religiosa, mas a todas as dimensões da nação, hoje ao celebrarmos pentecoste e celebrarmos a unidade, o ministério de fé e política vai sentindo o chamado de viver a unção do Espírito Santo na vida pessoal dos ministeriados e em toda a nação, numa busca de comunhão e de verdadeiro pentecostes para nosso pais, afinal é o único capaz de fecundar a “civilização do amor”.
O ministério de fé e política se estrutura através dos coordenadores estaduais da RCC, que nomeiam seus representantes, ou coordenadores do ministério que são os encarregados de promover as diretrizes do ministério em seus estados e através dos representantes diocesanos nas dioceses, esta organização depende diretamente dos diversos conselhos estaduais e diocesanos.
Neste ínterim cabe aos coordenadores Estaduais e diocesanos zelarem para que seus representantes estejam de fato agindo de acordo com as diretrizes nacionais e das decisões dos conselhos locais, para que não se use a função em vista de obter vantagens políticas, ou de influencia, podem ou não serem homens e mulheres exercendo cargos públicos desde que estejam submissos as diretrizes do conselho (Estadual e Diocesano), assim um coordenador de ministério não pode manifestar sua opinião publica a não ser que esta tenha sido discutida ou aceita pelos seus representantes. Como coordenador Nacional não me cabe definir quais partidos ou candidatos são mais afinados à nossa visão de bem publico, mas cabe ao conjunto definir como deverá ser sua atitude.
Neste tempo que estamos o ministério de fé e política quer estruturar três dimensões de ação, um tripé capaz de sustentar um projeto a curto, médio e longo prazo de influencia nas gestões e leis de forma que a força do evangelho transforme as realidades temporais, preparando a noiva de Cristo para a sua chegada gloriosa.
As três dimensões são igualmente importantes, pois cada uma delas tem um objetivo a atingir dentro da meta de transformação social que estabelecemos, tornar este mundo uma terra de leite e mel, isto é o reino de Deus no meio de nós.
Sabedores que somos de que a experiência com o batismo no Espírito Santo e a conseqüente vida no Espírito, deve nos levar a manifestar a nossa fé pelas obras, queremos promover todos os irmãos que passam por esta experiência a transformar-se em um promotor de paz e justiça. Quando Jesus no evangelho de Mateus anuncia como será o julgamento, e divide as ovelhas dos cabritos, classifica as ovelhas como aquelas que promoveram o ser humano, deram água ao sedento, mataram a fome visitaram o enfermo, visitaram encarcerado, os sinais são parecidos com o resultado da unção de Jesus narrada por Isaias 63, “O Espírito do Senhor me ungiu ...”, e a partir daí a restauração do homem todo.
Só é possível imaginar um evangelho para todos os homens com uma ação concreta na política, tanto dos organismos quanto dos partidos e cargos políticos.
Cremos que a Salvação de Jesus é para o homem todo, e assim não é uma ação apenas espiritual, mas uma ação completa, que atingi todo o homem. Também os veículos da política a partir de nosso enfoque não podem se preocupar apenas com o corpo do homem e sua mente, mas também com sua salvação. Claro que isto incomodará a muitos, mas não quero um mundo cheio de igualdade, oportunidades iguais, garantias de direitos, mas que excluiu Deus de sua existência, acabaríamos por resolver o problema das desigualdades sociais, mas manteríamos o homem escravo do pecado e de Satanás.
Então a ação política deve importar-se com a evangelização e com os critérios evangélicos de defesa da vida e da moral cristã.
Para atingirmos estes objetivos gerais, cada uma das dimensões deverá cumprir a sua missão, e deverá se organizar em vista destes objetivos.
A primeira dimensão chamo de formação, tem por objetivo formar na doutrina social os membros dos grupos de oração, para isto é preciso que sejam formadas escolas, ou etapas dentro da escola geral (Paulo Apostolo), com linguagem apropriada ao nosso povo e com ensinamentos simples que possam orientar o povo sobre cidadania, solidariedade, subsidiariedade, e outros pontos fundamentais da doutrina e do evangelho. A Escola deverá ter uma estrutura nacional e outra local, bem como materiais para instrução dentro dos próprios grupos de oração. Estas equipes já estarão se reunindo a partir do fim deste ano para definirem o seu formato, lembrando sempre que a formação na política passa sempre pelo debate de idéias e pelas divergências para que se alcancem o melhor discernimento.
A segunda dimensão eu chamo de agentes mobilizadores, e trata de formar indivíduos cheios do Espírito e do ardor social que através das estruturas dos grupos de oração e com o apoio das mídias católicas, discernirem os pontos fundamentais de luta e mobilização para que o bem seja garantido pelas leis e cumprido pelos organismos executores, assim através de pregações e organização dentro dos grupos de oração, promover o desenvolvimento de ações para pressionar, e motivar a população a obter as transformações necessárias e os direitos adquiridos inclusive das minorias. As equipes diocesanas e estaduais deverão escolher estas pessoas que em oração, vigílias, cercos de Jerico e se necessário passeatas, pronunciamentos e outras formas da criatividade do Espírito, exijam a obtenção dos bens evangélicos para todos os homens. Os mobilizadores deverão abrir pela pregação inspirada os corações para as questões sociais e políticas, motivando e acendendo o desejo ardente de servir a Jesus se necessário for pelo martírio. É nesta dimensão que o ministério trabalhará com outras forças de poder direta e indireta, como o poder judiciário, que merece na medida em que se organiza, um motivador próprio, as associações de bairros, os sindicatos, os conselhos municipais e estaduais, as organizações de interesse publico, os organismos de defesa dos direitos humanos, e outros tantos que poderão servir para mudar nosso pais, em uma verdadeira conversão de cidade dos homens em cidade de Deus, em civilização das desigualdades e civilização do amor.
Por fim a terceira dimensão, ou perna deste tripé, que chamo “um Brasil na cultura de Pentecostes”, é organizar as forças políticas e pensadores da nossa sociedade para que a partir do batismo no Espírito Santo, apontem rumos para o Brasil, que mobilize profissionais novos, ou em parceria com o Ministério das universidades renovadas, os profissionais do reino, a definirem onde queremos que o Brasil chegue, como viabilizar o primado do ser humano em sua plena dignidade, a solidariedade, a subsidiariedade, o bem comum, no exercício do poder, refletir como será possível unir e coordenar as diversas forças pra atingirmos estes objetivos, quais pontos devemos agir coordenados, como aproveitar inclusive a diversidade de ideologias, para construirmos um pensamento conduzido pelo Espírito de Deus e capaz de gerar uma alternativa de poder, que priorize o bem comum, a pessoa humana toda. Nesta dimensão queremos traçar critérios de construção da participação política e as formas de transformá-las em instrumentos de construção de um Brasil com o rosto da civilização do amor, que dê exemplo para o mundo da ação dos cristãos e da renovação carismática catolica como força de influencia e transformação social.